7 maravilhas: votação arranca às 11h30 do dia 30 de julho

Branda da Aveleira e Castro Laboreiro, estão a concurso no dia 30 de julho para as 7 Maravilhas de Portugal® – Aldeias. A votação por chamada telefónica* vai arrancar logo no domingo de manhã, no início do programa a emitir pela RTP a partir das 11h30, em Castro Laboreiro. A votação decorre ao longo de todo o dia e durante a Gala à noite, após o telejornal. As linhas são fechadas no final da Gala.

As aldeias melgacenses são as únicas candidatas no Norte de Portugal, na categoria de Aldeias Remotas e têm dois atores portugueses como padrinhos: Pedro Górgia é o padrinho da Branda da Aveleira e Melania Gomes madrinha de Castro Laboreiro.

‘Acredito que temos qualidade para nos batermos com qualquer outra candidatura do país. Só o facto de termos conseguido que duas aldeias tenham sido selecionadas para estas «semifinais» já é uma vitória para o nosso Município. Uma vitória que dá nota da qualidade daquilo que nós temos, do nosso território e daquilo que ele tem para oferecer’, considerou o autarca melgacense, Manoel Batista. As aldeias de Melgaço concorrem com Aldeia da Pena (São Pedro do Sul), Curral das Freiras (Câmara de Lobos), Fajã de São João (Calheta), Gondramaz (Miranda do Corvo) e Piódão (Arganil).

No total são 7 Galas eliminatórias por categoria e 49 aldeias a concurso. A votação começou no dia 9 de julho, onde foram apuradas as duas Aldeias Ribeirinhas finalistas – Dornes (Ferreira do Zêzere) e Santa Clara-a-Velha (Odemira); seguiu-se a 16 de julho a Gala Aldeias Rurais – Sistelo (Arcos de Valdevez) e Paderne (Albufeira). Próximas galas: Azenhas do Mar (Aldeias de Mar) a 23 de julho; Branda da Aveleira (Aldeias Remotas) a 30 de julho; Podence (Aldeias Autênticas) a 6 de agosto; Monsanto (Aldeias Monumento) a 13 de agosto; e a 20 de agosto nos Açores (Aldeias em Áreas Protegidas), em Porto Martins, na ilha Terceira. A 27 de agosto a RTP emite um programa de best of, sobre as 14 finalistas apuradas nas Galas anteriores, e começa uma semana inteira de votação, até ao domingo seguinte. As 7 eleitas são conhecidas a 3 de setembro, no Piódão, na Declaração Oficial das 7 Maravilhas de Portugal® – Aldeias.

As performances artísticas das Galas retratam, de forma abstrata, as vivências, a diversidade, a essência, a beleza e orgulho pelo território português. ‘Um património valioso e diferenciador, repleto de tradições e costumes ancestrais’, evidencia Manoel Batista.

Sobre as 7 Maravilhas de Portugal® – Aldeias
As candidatas a 7 Maravilhas de Portugal® – Aldeias são organizadas em 7 categorias e as 7 vencedoras serão apuradas pelo maior número de votos, uma por categoria, não podendo ser eleitas mais do que três aldeias por região. As categorias são: Aldeias-Monumento; Aldeias de Mar; Aldeias Ribeirinhas; Aldeias Rurais; Aldeias Remotas; Aldeias Autênticas; e Aldeias em Áreas Protegidas.
Todo o processo de eleição das 7 Maravilhas de Portugal® – Aldeias é auditado pela empresa internacional de auditores PwC.
O projeto conta com o apoio institucional do Gabinete do Ministro Adjunto, do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, da Secretária de Estado do Turismo, da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do Turismo de Portugal, da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, do Centro Nacional de Cultura, do Instituto de História Contemporânea, da Federação Minha Terra, e da Associação Portugal Genial.
As 7 Maravilhas de Portugal® – Aldeias são patrocinadas pela Iki Mobile, primeira marca portuguesa de telemóveis em cortiça. A Kia é o Carro Oficial do projeto, acompanhando este roadshow por todo o país.

Recorde-se que Melgaço concorreu com três aldeias, em várias categorias: Branda da Aveleira – Aldeia Remota e Aldeias Autênticas, Castro Laboreiro – Aldeia Remota e Aldeias em áreas protegidas –  e Parada do Monte – Aldeias autênticas e Aldeias rurais. Foram apresentadas 446 candidaturas de 332 aldeias das 7 Regiões do país.

Branda3

BRANDA DA AVELEIRA situa-se à entrada do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), nas encostas da serra da Peneda, a cerca de 1100 m de altitude, onde são ainda visíveis os vestígios da era glaciar (Glaciação de Wurm).
Desde o século XII, que os brandeiros da Gave sobem com os rebanhos para os pastos desta Branda, libertando os terrenos mais baixos para o cultivo agrícola. Permaneciam na montanha durante todo o verão, só descendo até à povoação (5 Km) para levarem mantimentos, facto que explica o isolamento destes pastores.
Classificada como ‘Aldeia de Portugal’ pela Associação de Turismo de Aldeia (ATA), representa a tipicidade da região e o ‘modus vivendi’ de uma época. Para além da beleza da paisagem e do conjunto arquitetónico que a define, a aldeia é o testemunho de uma tradição agrícola e cultural de grande valor antropológico, que a torna tão especial e singular. É constituída por um conjunto de 80 casas rústicas e cardenhas de grande beleza e tipicismo, algumas, recuperadas para turismo.
A fauna e a flora no seu estado mais puro coexistem com os brandeiros que se dedicam à pastorícia (gado bovino e cavalar), à recolha dos fenos e à apicultura, e aos turistas que podem desfrutar da diversidade paisagística, trilhos pedestres, megalitismo, festas populares, cascatas de águas límpidas e deliciarem-se com a gastronomia típica.

Castro2

CASTRO LABOREIRO pertence ao concelho de Melgaço e situa-se no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Possui um dos mais ricos patrimónios pré-históricos do país que reúne gravuras e pinturas rupestres, 120 Dólmenes (datados de há 5000 anos) e Cistas (monumentos megalíticos funerários).
Esta aldeia possui um património histórico e arquitetónico de grande riqueza, destacando-se um tipo próprio de construções castrejas existentes em Castro Laboreiro: o Castelo de Castro Laboreiro – classificado como monumento nacional; a Igreja Matriz de Castro Laboreiro; o Pelourinho de Castro Laboreiro, datado do século XVI, classificado como imóvel de interesse público; igrejas medievais; os fornos comunitários; os espigueiros; e os moinhos.
Castro Laboreiro é uma das aldeias mais emblemáticas do Parque Nacional da Peneda Gerês, resultado do isolamento que sofreu no passado, o qual permitiu que chegassem intactos nos nossos dias, aspetos do património histórico e cultural da aldeia, como a arquitetura, a paisagem e o modo de vida das suas gentes, ainda hoje marcado por um forte espírito comunitário.
Situada no extremo Norte do Alto Minho e de Portugal. Está localizada no cimo da montanha, a mais de mil metros de altitude, levou a que os castrejos defendessem os seus costumes, e tradições de todas as influências estranhas, e que ainda hoje persistem. Uma dessas tradições é a das inverneiras e das brandas. Em meados de Dezembro, com a chegada do frio e dos nevões, as populações de Castro Laboreiro pegam nas suas roupas, utensílios caseiros e de lavoura e ‘tangendo o gado, migram em massa para os vales, onde possuem uma segunda casa e uma segunda aldeia.’ (Rocha, 1993, p. 127). E ficam nas Inverneira, abrigados do frio, até meados de março.
No Núcleo Museológico de Castro Laboreiro é possível conhecer os hábitos, costumes e tradições das gentes da terra. Terra das ‘viúvas dos vivos’, nome a que os seus habitantes davam às mulheres cujos maridos, filhos e netos emigravam em busca de condições de vida melhores.
É uma região de grande beleza, serpenteada pelo rio Laboreiro, que é atravessado por inúmeras pontes representativas das épocas romana ou medieval, das quais sobressaem a Ponte da Dorna, a Ponte da Capela, a Ponte Nova ou da Cava Velha e a Ponte Velha.
Castro Laboreiro é também conhecido pelo seu fumeiro e enchidos, confecionados de forma tradicional, por mãos hábeis e com o saber de anos e anos.
O guardião desta localidade é o Cão de Castro Laboreiro, defendendo o gado do grande predador, o Lobo Ibérico, conhecido pela sua rusticidade, caráter e nobreza desde tempos idos.

*A votação (a nível nacional) é realizada através de chamada telefónica para números de tarifa plana (760). O custo de cada chamada (IVR) é de 0,60€ + iva.