Ecovia “onde Portugal começa”
A Ecovia proposta, “onde Portugal começa”, estende-se ao longo de 26km, aproximadamente. A implantação é feita nas encostas do rio Minho, presença constante ao longo de todo o percurso e sempre com Espanha em pano de fundo. Tem início no Lugar de Cevide sendo este o sítio mais setentrional de Portugal. A paisagem que a ecovia atravessa é fortemente marcada pela presença humana, havendo vestígios desde a pré-história, como é o caso das ruínas do dólmen no coto da Moura em Chaviães.
A paisagem envolvente é riquíssima em património natural, cultural e histórico. Os espaços rurais, aldeias rodeadas de campos agrícolas, e os espaços naturais como matas de carvalhos, pinhais, matos baixos estão presentes em quase todo o percurso. Existem também troços de encosta em que a vegetação é muito densa e onde será necessário abrir caminho para que seja possível implantar a ecovia. No entanto, a ecovia liga também a espaços urbanos, principalmente na vila de Melgaço, como é o caso do circuito que passa pelas Termas de Peso, pelo Centro de Estágios de Melgaço e pelo Centro Hípico.
A proposta apresentada rege-se pelos seguintes princípios fundamentais:
– Integração na paisagem envolvente respeitando todos os elementos naturais e construídos que sejam relevantes;
– Respeitar a morfologia do terreno existente utilizando técnicas de construção pouco intrusivas;
– Identificar todas as zonas com interesse turístico, quer sejam elementos históricos e culturais, quer sejam paisagens naturais ou sítios de observação de fauna e flora;
– Implantar a ecovia sempre que possível coincidente com caminhos já existentes, por forma a diminuir custos e o impacto causado pela sua construção;
– Utilizar materiais adequados ao uso que se pretende, que garantam uma manutenção reduzida, devendo por isso ser resistentes e duráveis mantendo as suas características originais o máximo de tempo possível;
– Apresentar um conceito original e contemporâneo com soluções funcionais e atrativas, mas que sejam integradas na paisagem e que sejam pouco impositivas;
– Equipar devidamente a ecovia utilizando a sinalética adequada, usando materiais confortáveis para os utilizadores e resistentes a atos de vandalismo;
– Sempre que possível, utilizar técnicas de estabilização de taludes e proteção de linhas de água baseados em princípios de engenharia natural, por forma a regenerar a paisagem rapidamente.