Festival Internacional de Documentário de Melgaço com 29 documentários em competição

A sexta edição do Festival Internacional de Documentário de Melgaço (MDoc) vai decorrer de 29 de julho a 4 de agosto, com 28 documentários em competição para o prémio Jean Loup Passek. O evento promove ainda o curso de verão Fora de Campo, as residências cinematográfica e fotográfica Plano Frontal, o encontro internacional de literacia para o cinema Kino Meeting, além de exposições, apresentações de filmes e debates com vários realizadores nacionais e internacionais. 

O MDoc – Festival Internacional de Documentário de Melgaço (antes designado por Filmes do Homem – Festival Internacional de Documentário de Melgaço) é organizado pela Câmara Municipal de Melgaço em parceria com a AO NORTE – Associação de Produção e Animação Audiovisual desde 2014, e pretende promover e divulgar o cinema etnográfico e social, refletir sobre identidade, memória e fronteira e contribuir para um arquivo audiovisual sobre o território. O nome do galardão, prémio Jean Loup Passek, homenageia o crítico francês Jean Loup Passek (1936-2016), responsável pela instalação no município do Museu de Cinema de Melgaço.

Este ano, o evento celebrou uma parceria com a Federação Internacional de Cineclubes, que vai atribuir o Prémio D. Quixote a um dos 29 filmes em concurso, “tendo por base a filosofia do movimento cineclubista, em particular a Carta de Tabor que assegura os direitos do público”.

O Encontro Internacional de Literacia de Cinema, intitulado Kino Meeting, acontece a 1 de agosto, com o propósito de “alargar a formação e pensar estratégias de promoção de literacia para as imagens em movimento”. Nesta 3ª edição, o tema prende-se com “os arquivos enquanto elementos de construção da história e da memória” e como pontos de partida para narrativas educativas, contando com oradores como Abi Feijó, o francês Jean-Baptiste Garnero ou a espanhola Yolanda Ribas Velásquez, além da apresentação dos resultados de uma oficina de Tânia Dinis, com crianças de Melgaço durante o festival.

Ao longo dos vários dias do Festival será ainda possível assistir a diversas exposições, como “120 x 160”, uma mostra de cartazes no tamanho do primeiro poster de cinema; “Quem Fica”, de João Gigante, na Casa de Cultura; “Lá, onde os extremos se tocam”, de Luís Miguel Portela; e “Quem Somos os que Aqui Estamos”.

“Quem Somos os Que Aqui Estamos?” é um projeto que interroga o espaço geográfico e a sociedade local, este ano dedicado a Prado e Remoães, freguesia do concelho de Melgaço. É coordenado por Álvaro Domingues e produzido por Rui Ramos, e conta com a colaboração de Albertino Gonçalves, do antropólogo Daniel Maciel, do fotográfo João Gigante, do designer Ivo Poças Martins e da equipa de audiovisual composta por Carlos Eduardo Viana, Miguel Arieira e Daniel Deira. Nesta edição do festival será altura de conhecer os resultados do trabalho efetuado nas freguesias de Prado e Remoães ao longo de 2018 e 2019.

Os documentários exibidos, assim como as exposições patentes durante o Festival, são abertos ao público e de entrada gratuita.

Programa disponível aqui!