Festival Internacional de Documentário de Melgaço acontece de 1 a 7 de agosto
De 1 a 7 de agosto, O MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço vai trazer-nos o ponto de vista de criadores sobre diferentes realidades e preocupações que atravessam o mundo contemporâneo. O festival pretende promover e divulgar o filme documentário e contribuir para um arquivo audiovisual do território.
Esta será a 8ª edição do festival e fica marcada pelo maior número de longas-metragens desde o arranque deste festival: contará com 22 longas-metragens de 12 países diferentes e ainda 10 curtas-metragens. Todos eles, candidatos ao Prémio Jean-Loup Passek e ao Prémio D. Quixote, refletem o ponto de vista dos autores sobre questões sociais, individuais e culturais relacionadas com identidade, memória e fronteira. O júri oficial é formado por Aida Vallejo, professora de cinema documentário na Universidade do País Basco; Anna Huth, diretora do Instituto de Cinema e Artes Teatrais da Universidade da Silésia, na Polónia, e professora na Kieslowski Film School; Carlos Natálio, crítico de cinema e professor de Cinema na Escola das Artes (EA), da Universidade Católica Portuguesa; Juan Pablo Gonzalez, realizador mexicano e professor no Instituto de Artes da Califórnia (Cal Arts); e Marion Schmidt, co-diretora da Documentary Association of Europe (DAE). Para o Prémio D. Quixote, atribuído pela FICC – Federação Internacional de Cineclubes, o júri é constituído por Manuela Lucchesu, professora; Margarida Mateus, presidente do Plano Extraordinário – Cineclube de Tomar; e Ponnam Ravichandra, jornalista e presidente da Karimnagar Film Society (KAFISO).
O Prémio Jean-Loup Passek para o Melhor Cartaz de Cinema será atribuído ao designer de um cartaz original criado para um filme com produção portuguesa ou galega. Fazem parte do júri Abi Feijó, realizador, produtor, professor de Cinema de Animação e Diretor da Casa Museu de Vilar; María Yáñez Anllo, jornalista, criadora de conteúdos audiovisuais para a internet e docente do Mestrado em Social Media e Conteúdos Digitais da Universidade de Vigo; e Pedro Mota Teixeira, professor da Escola Superior de Design do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA).
José da Silva Ribeiro coordena o curso de verão Fora de Campo com foco na Antropologia Visual/Antropologia e Cinema, a partir de projetos de pesquisa, de produção audiovisual e de narrativas digitais.
Pedro Sena Nunes orienta a residência cinematográfica e fotográfica Plano Frontal, que todos os anos contribui para um arquivo audiovisual sobre o património imaterial de Melgaço. Neste contexto, vão ser apresentados os documentários e as exposições de fotografia produzidos na última residência.
Fundado num meio predominantemente rural, o MDOC dialoga com o território e interroga as comunidades locais sobre as suas memórias e o futuro que emerge de um mundo cada vez mais globalizado. E fá-lo através do projeto “Quem somos os que aqui estamos?”, coordenado por Álvaro Domingues, este ano centrado nas freguesias de Lamas de Mouro e Castro Laboreiro.
No X-RAYDOC, uma nova secção do Festival coordenada por Jorge Campos, faz-se a análise de um filme marcante na História do Documentário. Nesta edição, o escolhido foi Cabra Marcado Para Morrer, de Eduardo Coutinho. Luís Mendonça é o convidado para a conversa/debate. Em colaboração com La Plantación, a realizadora Mercedes Álvarez orienta a oficina Olhar e Filmar e Felipe M. Guerra inicia os mais jovens no mundo do documentário.
O Museu de Cinema de Melgaço mostra uma exposição de cartazes de cinema e, em Lamas de Mouro, João Gigante questiona-se com o projeto fotográfico “Uma Paisagem Dita Casa” perante uma comunidade que tem o cuidar como parte do seu dia-a-dia. Daniel Maciel é o curador das exposições de fotografia construídas a partir de arquivos familiares de Lamas de Mouro e Castro Laboreiro e da exposição Evocação ao Padre Aníbal Rodrigues, a partir do seu arquivo pessoal.
No fim-de-semana de 6 e 7 de agosto, o Salto a Melgaço propõe uma programação intensiva, que inclui projeção de filmes, visita a exposições, ao Museu de Cinema Jean-Loup Passek e ao Espaço Memória e Fronteira.
O MDOC é organizado pela AO NORTE – Associação de Produção e Animação Audiovisual, em parceria com a Câmara Municipal de Melgaço. Desde 2014 que o festival pretende promover e divulgar o cinema etnográfico e social, refletir sobre identidade, memória e fronteira e contribuir para um arquivo audiovisual sobre a região.
Programa completo e mais informações aqui.