Laços azuis preenchem Melgaço
A Câmara Municipal de Melgaço e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Melgaço (CPCJ) promovem, durante este mês, um conjunto de atividades que pretendem sensibilizar para a problemática da violência exercida sobre as crianças e jovens.
Movidos pela máxima de que ‘Defender as crianças é um dever de todos!’, serão levadas a cabo diversas iniciativas que irão alertar a população para os direitos das crianças. Para tal, estão a ser afixados pelo concelho cartazes alusivos à temática e à história do laço azul que dá corpo à campanha. Serão também distribuídos pelos serviços públicos e pelo comércio local, laços azuis alusivos à temática. O Sport Clube Melgacense também se associa à causa: os jogadores irão utilizar braçadeiras azuis alusivas à temática durante os jogos e treinos.
Os alunos e o grupo de professores de Educação Visual, do Agrupamento de Escolas de Melgaço também sensibilizam para a causa: criaram um laço azul gigante, que está em exposição nos Paços do Concelho. Será também introduzido nas atividades extracurriculares destes alunos um hino alusivo à temática.
Será ainda levada a cabo uma ação de prevenção rodoviária numa parceria entre a CPCJ, a GNR (Escola Segura) e o Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço, com o propósito de sensibilizar os condutores para a temática. A atividade será realizada como uma operação de trânsito, em que 12 crianças do CATL irão estar fardados de agentes da GNR, procurando abordar e sensibilizar os automobilistas para o tema em questão. A ação acontece na manhã do dia 13 de abril (entre as 10h00 e as 12h00).
As várias ações acontecem em conjunto com as dez CPCJ’s do distrito de Viana do Castelo, que se associaram à Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), na organização das várias atividades. A sessão de encerramento distrital decorrerá em Paredes de Coura.
Abril é o mês Internacional da Prevenção dos Maus Tratos na Infância
O ‘Movimento Laço Azul’ nasceu em 1989, na Virgínia, Estados Unidos. Este movimento conta a história de Bonnie W. Finney que tomou a iniciativa de colocar uma fita azul na antena do seu carro, de modo demonstrar a sua dor face aos acontecimentos trágicos de que tinham sido vítimas os seus netos: as crianças tinham sido maltratadas pela mãe (filha de Bonnie) e pelo namorado. E porquê azul? Porque apesar de azul ser uma cor bonita, Bonnie Finney não queria esquecer os corpos batidos e cheios de nódoas negras dos seus dois netos. O azul representava essas nódoas espalhadas pelos pequenos e delicados corpos. Uma das crianças terá morrido vítimas das agressões. Rapidamente, o movimento ganhou dimensão mundial.