O SEGREDO DE SIMÓNIDES – COLECÇÃO DE COLECCIONADORES’ EM MELGAÇO

‘O Segredo de Simónides – Colecção de coleccionadores’ em Melgaço

As Comédias do Minho estão de volta a Melgaço, desta vez com o espetáculo ‘O SEGREDO DE SIMÓNIDES – COLECÇÃO DE COLECCIONADORES’, o projeto vencedor da II Edição Bolsa de Criação Isabel Alves Costa, com criação de Raquel André.

‘O Segredo de Simónides’ é um processo de documentação que virou proposta teatral e onde se coleciona o outro e guarda-se o que não dá para guardar. A peça estreou no Porto, no âmbito do Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP), e estará agora no Minho para um circuito de apresentações nos cinco municípios do Vale do Minho até 27 de novembro. Melgaço será o primeiro concelho a receber o espetáculo:
27 OUT | Alvaredo – Associação A Batela | 21h30
28 OUT | Melgaço – Casa da Cultura | 21h30
29 OUT | Prado – Junta de Freguesia | 21h30
30 OUT | Cousso – Junta de Freguesia | 16h30

Sobre o espetáculo:
Simónides revela-se através da sua coleção.
Raquel André coleciona os segredos dos Simónides que encontrou no Vale do Minho: ‘Colecionamos o que nos escapa das mãos. Que memória transporta um objeto?’ Raquel André coleciona os próprios colecionadores, eles mesmos, pede-lhes que lhe contem um segredo, que lhe contem o que é ser colecionador. Pede-lhes que se deixem colecionar. No Segredo de Simónides, coleciona-se o outro e guarda-se o que não dá para guardar.

Esta coleção de colecionadores também passou pela construção de uma organização. Não podendo guardar os colecionadores, fizeram-se filmagens das entrevistas e catalogaram-se os vídeos: com data, lugar, contactos, temas, observações. Também passa pela infinitude. Os colecionadores do Vale do Minho são os primeiros de uma lista que se quer longa, de um projeto que se quer em viagem e continuação. Só que em vez de ser uma coleção fechada num armário, não estando fechada, está no palco. Está no corpo. Está na vontade de colecionar o efémero. Está na apresentação a um público que não se vê colecionador mas que coleciona histórias.

Esta é uma iniciativa conjunta do FIMP e das Comédias do Minho em coprodução com o Teatro Municipal do Porto – Rivoli e Campo Alegre.

Co-produção e apresentação: Festival Internacional de Marionetas do Porto, Comédias do Minho, Teatro Municipal do Porto – Rivoli .
Cocriação: António Pedro Lopes, Bern Hard de Almeida, Raquel André
Vídeo: Diogo Lima
Luzes: Rui Monteiro
Música: Noiserv
Registo Documental: Mariana Dixe
Colaboração Artística: Tânia Almeida

Raquel André nasceu em 1986 em Caneças. É colecionadora e artista. De um grupo de teatro amador na Malaposta, à passagem na TV e cinema português, formações em Teatro e Dança, trabalhos com diretores e artistas portugueses rumou, em 2011, como parte da geração Inov-Art, ao Rio de Janeiro para trabalhar com a Cia dos Atores. Completou um Mestrado sobre Colecionismo nas Artes Performativas na UFRJ.

A saber que a Comédias do Minho é um projeto cultural que começou em 2003, com a colaboração dos municípios de Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova da Cerveira, destinado a criar uma companhia de teatro profissional.
A sua missão é dotar o vale do Minho de um projeto cultural próprio, adaptado à sua realidade socioeconómica e, portanto, com um enfoque especial no envolvimento das populações, a partir da construção de propostas de efetivo valor participativo e simbólico, para as comunidades a que se dirigem.