Penso
Área : 9,02 km²
Orago : S. Tiago
População : 523 habitantes (2011)
Norte: Monção / Espanha / Alvaredo
Este: Paderne / Alvaredo
Sul: Cousso
Oeste: Monção
Junta de freguesia
Presidente da Junta de Penso
Edgar Fernando Barreiros Rodrigues
96 106 08 06
✉ freguesia_penso@sapo.pt
Horário de Funcionamento
Domingo das 11h00 às 12h00
Pontos de interesse
- Igreja paroquial
- Cruzeiro do Crasto
- Capela e monte de São Tomé
- Capela de Santa Comba
População
História
A freguesia de Penso, localizada nas portas de entrada do concelho, dista oito quilómetros da Vila. Confronta com o rio Minho (com Espanha na outra margem), a norte, Alvaredo e Paderne, a nascente, Couto e Badim (Monção), a sul, e Sá e Valadares (ambas de Monção), a poente.
É composta pelos seguintes lugares principais: S. Bartolomeu, Lajes, Crasto, Pomar, Mós, Telhada Pequena e Telhada Grande, Bairro Pequeno e Bairro Grande, Paranhão, Paradela, Felgueiras e Ranhol.
O seu topónimo parece lembrar, de imediato, as medidas usadas para avaliar o peso das mercadorias que entravam ou saíam do concelho. Seria aqui o local do pagamento das antigas portagens.
S. Tiago de Penso era uma vigairaria da apresentação do Mosteiro de Paderne, que vendeu o direito de apresentação à casa dos Caldas.
Pertenceu ao antigo concelho de Valadares, até á sua extinção, em 24 de Outubro de 1855. Em 1839 aparece na comarca de monção, e em 1862 faz parte já da comarca de Melgaço.
No “Minho Pirotesco”, José Augusto Vieira descrevia a freguesia, em 1886, como “uma vilota em miniatura”. E acrescentava um pormenor curioso: “Na quinta de S. Cibrião [Cipriano], é tradição que existiu um templo gentílico, dedicado a Júpiter, na ponte onde está hoje a capela. Há quem diga, porém, que essa tradição foi inventada com o fim de enobrecer a quinta, já de si notável pela família que possui e pelo bom vinho que produz.”
Tradição verdadeira, e de que o povo de Penso não se despega, é a da Alumiada, no dia anterior ao S. Tomé, a 20 de Dezembro.
Assim a conta do padre Carvalho da Costa: “Lá no alto da serra desponta a capelinha de S. Tomé. (…) Nesse dia, pobres e ricos, mal a noite cai, iluminam, com feixes de palha [centeia] a arder [as fantocheiras] a visita que este santo faz ao seu visinho S. Fins, na serra da Galiza, na outra margem. Apagado o lume, em grande algazarra, come-se a ceia que é, por assim dizer, uma antecipação à consoada. Há todas [rabanadas], arroz-doce e vinho quente açucarado”. Modernamente, estas reverências a S. Tomé são rematadas com fogo-de-artifício.
Os vinhos verdes produzidos nas terras férteis desta freguesia, donde sobressai um excelente Alvarinho, são considerados como dos melhores de toda a região.
Existe em Penso uma nascente de águas sulfurosas, de notável valor terapêutico. É a chamada Fonte Santa.
A igreja paroquial, do século XVII e sem um estilo definido, merece alguma atenção. Há já alguns anos foi roubada a cruz em granito, com a imagem do Crucificado, também em pedra, num interessante trabalho de arte popular.
Esta freguesia era de vigairaria da apresentação do Mosteiro de Paderne, que vendeu o direito de apresentação à Casa dos Caldas.
Dicionário Enciclopédico das Freguesias: Braga, Porto, Viana do Castelo; 1º volume, pág. 423 a 439; Coordenação de Isabel Silva; Matosinhos: MINHATERRA, 1996